Sigmund Freud, o artífice da psicanálise, propôs uma interessante analogia para compreendermos os diferentes enfoques terapêuticos. Ele nos apresenta dois tipos de terapia, cada uma comparada a um tipo distinto de artista: o pintor e o escultor. Vamos explorar essas metáforas para entendermos como essas abordagens impactam o processo terapêutico.
🎨 A Terapia Sugestiva: O Pintor na Tela em Branco 🖼️
Freud compara a primeira abordagem terapêutica a um pintor diante de uma tela em branco. Nesse contexto, a terapia sugestiva assemelha-se à aplicação de tinta na tela. É como se alguém nos sugerisse possibilidades, nos questionasse sobre escolhas e nos instigasse a experimentar diferentes caminhos. Essa abordagem busca orientar o paciente através de sugestões, incentivando-o a explorar novas perspectivas e comportamentos.
No âmbito da terapia sugestiva, é comum que o terapeuta questione o paciente, proponha alternativas e sugira mudanças. Essa dinâmica se aproxima da maneira como um pintor manipula as tintas na tela, moldando e criando uma obra de arte única. Assim, a terapia sugestiva busca ativar o potencial de transformação do paciente, estimulando-o a adotar abordagens diferentes para lidar com seus desafios.
🪨 A Terapia Psicanalítica: O Escultor e a Arte do Desbaste 🗿
O segundo método terapêutico, conforme Freud, é o psicanalítico e ele é comparado ao trabalho de um escultor. Nessa metáfora, o escultor não adiciona elementos, mas retira da pedra tudo o que é considerado excesso. De forma análoga, a terapia psicanalítica busca desbastar, aparar e remover as camadas de experiências acumuladas ao longo da vida, sobretudo aquelas traumáticas, que geralmente surgem na infância.
Assim como o escultor esculpe a pedra até que reste apenas a figura desejada, a terapia psicanalítica visa remover os excessos emocionais, mentais e comportamentais do paciente. Isso envolve a exploração das memórias, traumas e padrões de pensamentos que podem estar influenciando negativamente a vida do sujeito. O objetivo é revelar a verdadeira essência do paciente, eliminando as camadas superficiais, impregnadas nele pela criação ou influências socioculturais, para que, assim, ele possa compreender e aceitar a própria identidade.
🕵🏼♀️ A Busca pela Essência: O Caminho da Psicanálise 🙋🏾
Freud argumenta que a psicanálise se assemelha mais ao trabalho do escultor, pois visa esculpir e revelar a verdadeira natureza do sujeito. Ao remover as camadas de condicionamentos e distorções adquiridas ao longo do tempo, o analista procura deixar à vista a verdadeira essência do paciente.
Em última análise, a escolha entre a terapia sugestiva e a psicanalítica dependerá das necessidades individuais e preferências de cada pessoa. Alguns podem se beneficiar mais da orientação e estímulo ativo da terapia sugestiva, enquanto outros podem encontrar a profundidade e autoconhecimento proporcionados pela psicanálise mais adequados ao seu processo de cura.
✅ Conclusão
Em resumo, a terapia, assim como a arte, oferece diferentes abordagens para a exploração e expressão da complexidade humana. Seja como um pintor que adiciona camadas de cor e textura, ou como um escultor que revela a verdadeira forma por meio do desbaste cuidadoso, o importante é que o processo terapêutico seja um caminho pessoal e transformador em direção à autenticidade e ao bem-estar emocional.
Dizem que “se conselho fosse bom, a gente vendia.”, mas, quer saber: faça terapia! Escolha a abordagem que ressoa consigo e embarque nesta jornada incrível de autoconhecimento e desenvolvimento. Enfim, esse é o único arrependimento que você terá: “por que não comecei isso antes?” Vai por mim, é sempre assim.
Um forte abraço, desejo a você muitas descobertas 🫂
— Alessander Raker Stehling
☑ Aprenda Psicanálise de forma Simples e Fácil. Clique no link e conheça o nosso curso ➜ https://www.psicanalisefacil.com.br/curso-psicanalise-facil
Comments