Qual é o seu maior medo? Pense bem. Barata? Aranha? Sapo? Não, não. Esses são fichinha perto dos grandes medos. Quando digo maior medo, estou falando daquele assunto que você nem gosta que mencionem, que te dá um aperto no peito só de imaginar. Aquele que, quando seu amigo começa a falar, você já corta: “Parou, parou, vamos mudar de assunto?”
Talvez seja a morte. A sua ou a de alguém que você ama. Quem sabe um trauma do passado que você nunca contou para ninguém e só de relembrar sente aflição. Pode ser o medo de ficar sozinho, de olhar para trás e ver que não fez nada da sua vida, ou de crescer e assumir responsabilidades.
Sabe, tem gente que tem medo do silêncio. “Do silêncio?” Sim. Porque nele não tem distração. Não dá para fugir. É só você e seus próprios pensamentos.
E por falar em fugir, é isso que costumamos fazer para lidar com esses temas angustiantes, não é mesmo? A gente se afunda no trabalho para evitar pensar no sentido da vida, lota a agenda de compromissos para não ter tempo de encarar a solidão, enche a casa de barulho para não ouvir os próprios pensamentos, liga o videogame para não encarar as responsabilidades da vida adulta. Parece uma solução, né? Mas o problema é que o medo não desaparece porque a gente finge que ele não existe.
Na infância, nos escondíamos debaixo da coberta esperando que o bicho-papão sumisse. E até dava certo, porque o medo era só imaginação. Mas na vida adulta, por mais que a gente tente se esconder… não tem jeito. Mais cedo ou mais tarde, ele “puxa o nosso pé”.
A verdade é que a vida nos coloca cara a cara com aquilo que mais tememos. E aí, não tem mais para onde correr. A fuga dá lugar ao confronto. E olha, eu sei que dá um frio na barriga só de pensar nisso. Eu mesmo já me vi querendo fugir de certos pensamentos, como a possibilidade de perder pessoas que amo. Já até pensei: “Se eu for antes, pelo menos não passo por essa dor”. Mas essa ideia é só um conforto passageiro. Fugir nunca foi solução, só um adiamento.
A questão é: se enfrentar é inevitável, por que esperar até sermos obrigados? Por que não escolher encarar o medo agora, através de terapias, reflexões ou até se abrindo diretamente com alguém em quem confia? Sei que não é fácil, sei que dá um frio na espinha só de pensar nisso, uma vontade de sair correndo… mas e se, ao invés de correr, você tentasse dar um passo na direção do que te assusta? Só um.
Porque, no fim das contas, o medo só tem poder sobre quem se esconde dele.
E aí, me conta, do que você tem fugido? Até quando pretende agir assim?
E se, dessa vez, ao invés de fugir, você escolhesse encarar tudo isso de frente?
— Alessander Raker Stehling
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