Por Que Sua Dor Emocional Não Some? Como Encontrar e Tratar a Causa Pela Raiz
- Alessander Raker Stehling
- há 2 dias
- 2 min de leitura
Quem já precisou levar um pneu furado na borracharia conhece bem o processo.
O borracheiro tira o pneu, remove a câmara de ar, enche de ar e coloca dentro d’água. Fica ali observando, esperando surgir bolhas. Cada bolha mostra onde está o furo — um sinal pequeno, mas importante. Porque uma fissura quase invisível pode estragar toda a viagem.
Depois que encontra o furo, ele olha o pneu por dentro. Às vezes, tem um pedaço de vidro, um prego escondido ou um arame enfiado. Porque não adianta só remendar a câmara se o problema que causou o furo continua ali dentro. Mais cedo ou mais tarde, vai furar de novo.
Enquanto isso, a gente observa e pensa: “Onde será que esse pneu furou?”
Tem toda uma investigação. Ninguém conserta o pneu sem entender o que causou o furo.
Agora me diga: por que com a nossa saúde mental a gente age diferente?
Se sentimos dor no peito, procuramos um cardiologista. Se a dor é na perna, vamos ao ortopedista. Pedimos exames, buscamos respostas. Mas quando a dor é emocional — angústia, ansiedade, insônia — muitas vezes só queremos que ela suma. Tomamos algo para dormir, relaxar ou esquecer.
Não que os remédios não sejam importantes. Eles são. Mas são parte do processo, não a solução por si só.
Porque remendar a câmara sem tirar o prego do pneu é só empurrar o problema para frente.
Com a saúde mental, é a mesma coisa. Ansiedade, tristeza, raiva, irritação — tudo isso tem uma causa. São sinais de que alguma coisa dentro de nós precisa de atenção. Às vezes é um trauma, um conflito mal resolvido, uma dor antiga que nunca foi olhada de verdade.
Freud dizia:
“[Sem análise,] o efeito do recalcamento não pode ser desfeito.”
Ou seja, o que a gente empurra para o inconsciente continua agindo. Mesmo que a gente não perceba. Tristeza sem explicação, raiva fora de hora, medo que surge do nada — tudo isso pode ser o “prego no pneu”. E a gente só fica trocando a câmara.
Fazer análise — ou outra forma de psicoterapia — é isso: olhar com mais atenção para dentro e buscar entender o que está acontecendo.
“Por que estou me sentindo assim?” “O que essa ansiedade está tentando me mostrar?” “O que estou evitando encarar?”
A gente aprende a esconder o que sente. A parecer forte. Mas carregar dor emocional escondida cansa muito. Às vezes mais que qualquer esforço físico.
Por isso, o sintoma não é só um incômodo. É um aviso. Como a luz no painel do carro. Como as bolhas na água. Como o prego escondido no pneu.
A dor emocional, por mais difícil que seja, é também uma chance. Uma chance de entender o que está errado. De cuidar. De mudar. Mas, pra isso, a gente precisa parar de abafar. E começar a escutar.
Porque, no fundo, todo sintoma é um grito por atenção. E quando você finalmente o escuta, tudo começa a fazer sentido.
— Alessander Raker Stehling
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