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Foto do escritorAlessander Raker Stehling

O Ódio Disfarçado de Amor: A Realidade da Humanidade

Todo mundo adora falar de amor universal, aquele papo bonito de amor incondicional que abarca geral, sem ver cor, religião ou de onde a pessoa veio. Os cristãos, por exemplo, vivem falando do amor ágape, um amor que não tem limites, que se doa e tal. Mas, na real, será que a gente consegue viver isso de verdade? Ou estamos só mentindo pra nós mesmos, sendo hipócritas?


Quantos se dizem cristãos fervorosos, mas só mostram amor pra quem tá dentro da igreja deles? Amam os "irmãos de fé", mas, quando encontram um muçulmano, ou alguém de outra religião, já olham torto, desconfiam, às vezes até odeiam. Cadê o tal amor incondicional que pregam, né?


E no futebol? Vish… O cara ama o time dele, como se fosse a família, mas é só ver alguém com a camisa do time rival que já quer sair na porrada, até mata se bobear.


Esse comportamento de amar os do seu grupo e odiar os do outro é comum em todo lugar. As pessoas assistem, chocadas, com lágrimas nos olhos, a guerra no país vizinho. Mas, quando os refugiados dessa mesma guerra chegam no seu país, é um “deus me acuda”, com muito ódio, desconfiança e xenofobia que dá nojo. Onde foi parar a solidariedade e a compaixão que apareceram na hora de assistir TV? Parece que o ser humano precisa de um “Judas”, alguém pra odiar, pra jogar a culpa pelos próprios medos e inseguranças.



Será que a gente odeia tanto porque não sabe lidar com nossas próprias emoções negativas? Em vez de encarar o que tá acontecendo dentro da gente, é mais fácil jogar tudo no outro, né? Demonizar quem é diferente é bem mais tranquilo do que olhar pro espelho e enfrentar nossos próprios demônios. É… “o inferno são os outros.”


Talvez, se a gente começasse a aprender a lidar com nossas emoções, quem sabe, a gente chegasse perto desse amor universal que Jesus pregou. Aprender a reconhecer, aceitar e transformar nossas raivas e frustrações em algo positivo pode ser o caminho. Mas será que estamos dispostos a encarar essa jornada? Ou vamos continuar presos nesse ciclo de hipocrisia, falando de amor fraternal enquanto tacamos o f$#@-se para a dor do outro?


A verdade é dura: parece que a gente não consegue amar sem ter alguém pra odiar. Nosso amor é limitado, cheio de condições, e enquanto for assim, esse papo de amor universal vai continuar sendo só isso: conversa pra boi dormir. Uma ilusão em meio ao nosso caos interno, que insiste em nos governar.


— Alessander Raker Stehling

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“Sempre é possível ligar um grande número de pessoas pelo amor, desde que restem outras para que se exteriorize a agressividade.” - Frases Freud
“Sempre é possível ligar um grande número de pessoas pelo amor, desde que restem outras para que se exteriorize a agressividade.” - Frases Freud

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