“Conhecer a si mesmo é o começo de toda sabedoria”, dizia o mestre Aristóteles. Creio que — obviamente — já ouviu essas palavras: “Conhece-te a ti mesmo!” Essa é uma máxima antiga, defendida por inúmeros filósofos e pensadores, mas que, sem dúvida, é bastante anterior a todos eles. Dizem que esse é um preceito de origem divina para autorrealização, confiado a um dos sete sábios antigos. Na entrada do templo do Deus Apolo em Delfos, esse princípio norteador estava inscrito, ele no centro, com as duas águias libertadas por Júpiter, uma de cada lado.
Essa é uma das lições mais fortes de toda a filosofia, que fundamentou a psicanálise e a psicologia analítica de Jung, sendo defendida pelo grande Heráclito, nesta frase: “Todos os homens têm a possibilidade de conhecer a si mesmos.” Porém, é o sábio Sócrates que faz da arte de conhecer a si mesmo o eixo de toda a sabedoria filosófica.
Mas o que significa, de fato, conhecer a si mesmo? É uma jornada sem fim, um mergulho nas profundezas de nossa alma, onde luz e sombra se entrelaçam. É entender nossos medos e desejos, enfrentar nossas fragilidades e celebrar nossas forças. Esse autoconhecimento nos liberta dos fortes sistemas inconscientes que nos prendem a padrões repetitivos, permitindo-nos viver de forma mais autêntica e livre — mesmo que relativamente.
Jesus, indiretamente, trouxe esse conceito ligado a um dos seus maiores mandamentos: "Amai o próximo como a ti mesmo." Em sua essência, esse mandamento revela a interdependência entre o autocuidado e o amor ao outro. Não podemos verdadeiramente amar e cuidar do próximo se não aprendemos a nos amar e nos cuidar primeiro. E isso, por sua vez, exige um profundo conhecimento de quem somos. Só ao nos conhecermos podemos compreender e respeitar nossas limitações e necessidades, e a partir dessa compreensão, estender o mesmo cuidado e respeito ao outro.
Grandes pensadores, de diferentes épocas e tradições, apontaram para a importância desse equilíbrio entre o eu e o outro. Confúcio, no distante Oriente, defendia a benevolência como o caminho para a harmonia social, algo que só é possível quando reconhecemos e respeitamos nossa própria humanidade. Nietzsche, com sua filosofia do além-do-homem, nos instigava a transcender a nós mesmos, mas sempre partindo de um profundo entendimento do nosso ser mais íntimo.
A filosofia, em sua essência, é uma busca pela verdade, e a verdade mais fundamental que podemos descobrir é a de nós mesmos. Quando nos conhecemos, não apenas nos libertamos das ilusões que nos impedem de viver plenamente, mas também nos abrimos para a verdadeira compaixão e empatia pelo outro. Pois como podemos julgar ou amar o que está fora de nós, se não compreendemos o que habita em nosso próprio interior?
Assim, o maior mandamento da filosofia não é apenas um convite ao autoconhecimento, mas um chamado à integração entre o eu e o outro. Um lembrete de que, ao cuidar de nós mesmos, estamos cuidando da humanidade como um todo.
E você, já se perguntou o quanto realmente conhece a si mesmo? Que parte de sua alma ainda permanece na sombra, aguardando ser iluminada pela luz do autoconhecimento? Talvez seja o momento de se permitir essa jornada e descobrir o que ela pode revelar não apenas sobre você, mas sobre o mundo ao seu redor.
— Alessander Raker Stehling
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