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Por Que Tentamos Ser Quem Não Somos? O Poder da Autenticidade

  • Foto do escritor: Alessander Raker Stehling
    Alessander Raker Stehling
  • há 24 minutos
  • 3 min de leitura

Quando eu era criança, tinha uma obsessão: queria ser o Batman — inclusive, tenho gibis dele guardados aqui. Achava incrível aquela capa esvoaçante, o carro topzera e aquele jeito durão de resolver as coisas. Depois, quis ser o Super-Homem — afinal, quem não queria voar? Com o tempo, os heróis de fantasia foram dando lugar a figuras mais reais: queria ser como meu professor de filosofia — o cabra falava tão bem, era bacana demais suas aulas. Queria ter a coragem do meu tio, que largou tudo pra viajar o mundo de bicicleta. Também queria ter o carisma do meu pai — todo mundo gosta dele, ele é chique mesmo.


Talvez você tenha passado por isso também. A gente cresce querendo ser alguém. Copiamos jeitos, frases, estilos de roupa. Tentamos caber naquilo que admiramos. É natural — faz parte da nossa construção.


Hoje, inventaram até um nome pra isso: influencer. Pessoas que, de alguma forma, influenciam as escolhas e os desejos dos outros. Quantos não sonham em ter a vida da Virgínia Fonseca — cheia de stories patrocinados, viagens e milhões de seguidores? Ou o talento humorístico do Whindersson Nunes, que consegue fazer o Brasil inteiro rir de uma forma super natural.


No fundo, todos nós queremos ser especiais. Queremos ser vistos, reconhecidos, aplaudidos. Buscamos formas de nos destacar — seja postando uma frase bonita, mostrando um prato de comida diferente ou fazendo aquele vídeo engraçado, esperando que viralize. Queremos ouvir: “Nossa, como você é incrível!”


Mas existe um detalhe nisso tudo que, às vezes, a gente esquece: passamos boa parte da vida imitando os outros e deixamos de valorizar algo único que carregamos e ninguém mais tem — a nossa história. Ninguém viveu o que você viveu, amou como você amou, sofreu o que você sofreu. Nenhuma pessoa no mundo enxerga a vida pelo mesmo ângulo que você. E é exatamente aí que está a sua força.

O mundo já está cheio de cópias de cópias de cópias. O que falta são pessoas que se autorizem a viver e mostrar o que é só delas — suas marcas, suas memórias, seus afetos, tudo aquilo que, de tão íntimo e subjetivo, não se repete em ninguém.


Talvez você ache que sua vida é comum demais. Mas o comum, contado do seu jeito, com sua emoção, com suas verdades, vira extraordinário. É como aquele bolo da sua avó — receita simples, que você até tentou copiar, mas não ficou do mesmo jeito, pois o jeito que ela fazia era único.


O segredo não está em tentar ser o outro, mas em ter a ousadia de ser você, por inteiro. Mostrar suas falhas, suas conquistas, suas qualidades, sua maneira única de enxergar o que todo mundo viu, mas ninguém percebeu daquele jeito.


Ser você é o seu maior superpoder. E a melhor parte? Ninguém pode copiar! Use isso. Mostre isso. O mundo merece te conhecer.


— Alessander Raker Stehling

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“Enquanto nos atemos ao universal, qualquer um pode nos imitar; mas o particular ninguém mais nos imita, e por quê? Porque ninguém mais o experimentou.”  Frase Goethe
“Enquanto nos atemos ao universal, qualquer um pode nos imitar; mas o particular ninguém mais nos imita, e por quê? Porque ninguém mais o experimentou.” Frase Goethe

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