— Para de agir como criança!
— Vira homem, moleque…
— Deixa de drama, né?! Já tá bem grandinha.
Quem nunca ouviu algo assim? Ou melhor, quem nunca precisou dizer isso para alguém?
Se você já teve um relacionamento com alguém emocionalmente imaturo, sabe o sufoco que é. Pessoas assim recorrem a comportamentos típicos de criança para lidar com a vida. Você tá lá, tentando resolver um problema como adulto, e a pessoa… faz birra. Fecha a cara. Some. Bloqueia no WhatsApp. E depois reaparece querendo colo, um carinho — como se nada tivesse acontecido. Né fácil, não.
Muita gente tem a sensação de que as novas gerações estão cada vez mais frágeis e infantis. Mas sejamos sinceros: esse problema não é novo. Quem nunca viu “homens barbados” agindo como crianças? Ou “coroas” fazendo escândalos dignos de adolescentes? Freud explica? Com certeza.
O problema é que algumas pessoas simplesmente não crescem — emocionalmente falando. Quando somos pequenos, temos um medo enorme de perder o amor dos nossos pais ou cuidadores. Esse medo faz sentido na infância: afinal, sem eles, estaríamos ferrados. Mas e quando esse medo continua na vida adulta? O que acontece?
A pessoa vira refém do amor dos outros. Não consegue lidar com suas emoções sozinha e precisa de garantias constantes de que é amada. Vive em um eterno estado de dependência afetiva, com a maturidade emocional de uma criança de cinco anos que precisa de suporte constante para se sentir segura.
Freud dizia que crescer emocionalmente significa abandonar certos medos infantis. Crianças pequenas temem ficar sozinhas, têm medo de perder o amor dos pais e entram em desespero quando algo ameaça sua segurança emocional. Mas, com o tempo, esses medos deveriam perder força. Só que, para muita gente, isso não acontece.
Por quê? (Leia com vozinha de criança.)
Os motivos variam. Alguns foram mimados demais e nunca aprenderam a lidar com frustração. Outros tiveram experiências traumáticas que os fizeram ficar presos no medo da rejeição. Alguns simplesmente nunca receberam suporte suficiente na infância para desenvolver segurança emocional. O resultado? Adultos que não sabem lidar com um término sem fazer escândalo. Pessoas que entram em pânico só de pensar em ficar sozinhas. Gente que usa o amor como moeda de troca e manipulação emocional. E, claro, aqueles que não conseguem encarar suas próprias falhas e sempre jogam a responsabilidade no outro — é barril, não é mesmo?!
Mas e aí, como a gente amadurece?
Freud nos diria que a maturidade está ligada ao fortalecimento do Eu. Em termos simples, significa desenvolver autonomia emocional, aprender a lidar com frustrações sem colapsar e ganhar recursos internos para enfrentar a realidade sem precisar desesperadamente do suporte dos outros. Em suma, crescer é desenvolver autonomia e responsabilidade.
Quer um bom teste para saber se você amadureceu? Pergunte-se: se essa pessoa sair da minha vida hoje, eu continuo inteiro?
Se a resposta for não, talvez esteja na hora de crescer um pouco mais.
E você, já conheceu algum adulto que age como criança? Ou, quem sabe… você já foi essa pessoa. 😬
Conta aí nos comentários, bora trocar uma ideia sobre isso.
— Alessander Raker Stehling
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