“A vida é tão curta, tão breve…” Quantas vezes nos pegamos lamentando nossa brevidade? Talvez até nos comparando com outras criaturas. “Sabia que algumas tartarugas podem viver mais de 300 anos e algumas árvores, como a sequoia, vivem mais de 3000 anos?” Tudo bem, isso aqui não é o manual do mundo… segue o baile.
A grande questão é: será que realmente vivemos o tempo que nos é dado? Ou será que apenas existimos, como espectadores apáticos do grande teatro das nossas próprias vidas?
Creio que o grande problema não está na duração de nossa vida, mas na qualidade de nosso tempo. Se olharmos para a maioria dos da nossa espécie, perceberemos que eles nada produzem para melhorar o mundo e a vida dos demais, apenas desperdiçam seus dias em busca de prazeres vazios, em uma incessante tentativa de saciar seus desejos insaciáveis. Consomem avidamente os recursos do planeta, sem nunca se satisfazerem.
A vida de muitos se assemelha a um robô. Uma vida sempre atarefada por tarefas inúteis; ocupações sem sentido que apenas os mantêm ocupados, mas não os enriquecem. Trabalham incessantemente para acumular riquezas materiais, deixando os espólios para os descendentes. Esquecem que a verdadeira riqueza reside na experiência da vida, nas relações autênticas que cultivamos e nos momentos de contemplação e introspecção que temos.
A maioria busca constantemente distrações, evitando encarar a si mesmos, suas falhas, medos e angústias. Afundam-se em relacionamentos superficiais, numa tentativa desesperada de preencher o vazio que os consome. Mas, no final da vida, apenas constatam que não se dedicaram a nada que realmente queriam, sentindo-se vazios e desolados.
Enquanto lamentamos a fugacidade da vida, ignoramos o fato de que o verdadeiro desperdício não está no breve tempo que dispomos, mas sim na falta de propósito e significado que permeiam nossa existência.
“Vivemos como se fôssemos imortais, adiando nossos sonhos e aspirações para um futuro incerto que pode nunca chegar.”
O tempo é o nosso bem mais precioso. E, no entanto, continuamos a desperdiçá-lo, como se fosse algo infinito e inesgotável. Encare a realidade, somos todos mortais, pequenos — talvez insignificantes — diante do universo.
Ao reconhecermos a pequenez de nossa existência, podemos nos comprometer a usar melhor o nosso tempo de vida, investindo-o em objetivos verdadeiramente significativos, antes que Tânatos bata em nossa porta, e pode ter certeza, uma hora ou outra ele aparecerá. Como dizem por aí: “Para morrer basta estar vivo.”
— Alessander Raker Stehling
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