O Que Realmente Faz a Vida Valer a Pena? A Resposta Está na Nossa Infância
- Alessander Raker Stehling
- há 15 horas
- 3 min de leitura
O que faz com que a vida valha a pena para você?
Talvez seja a pessoa que você se tornou depois de tanta luta.
Ou os prazeres simples que a vida te proporciona — aquele café recém-passado, a música que te leva de volta a um momento mágico que você queria eternizar, o abraço forte de quem você ama…
Pode ser sua família, seus filhos, os momentos em que você percebe que está fazendo a diferença no mundo…
Sim, o que dá sentido à vida é algo profundamente subjetivo.
Mas tem algo que quase ninguém para pra considerar: onde tudo isso começou.
Pouca gente valoriza o ponto de partida. E mais do que isso — pouca gente olha com carinho e profundidade pra como as primeiras experiências moldam o nosso sentir de “vale a pena estar aqui”.
Já visitou alguma vez uma instituição socioeducativa?
Tipo a Fundação Casa?
Se sim, talvez tenha escutado histórias que cortam a alma.
Relatos de meninos e meninas que foram privados de qualquer senso de acolhimento.
Que não tiveram colo, nem olhar. Que cresceram sendo tratados como um estorvo.
Muitos foram rejeitados pelos próprios pais.
Outros viram suas mães serem espancadas.
Alguns apanharam sem nem saber por quê.
E muitos… nunca ouviram um “eu te amo” — ou algo até mais simples, como “você é importante pra mim”.
E isso marca. Muito mais do que a gente imagina.
Porque antes de qualquer conquista, antes mesmo de saber falar ou andar, o que um bebê precisa pra começar a existir de verdade é de relação.
Não é comida.
Não é brinquedo.
Não é instrução.
É relação.
O bebê precisa olhar nos olhos de alguém e sentir que está ali. Que ele faz sentido pra alguém.
É essa experiência — de ser percebido, acolhido, amado — que dá à vida sua primeira coloração.
É isso que acende a chama:
“Ei, viver pode ser bom…”
Agora, pensa comigo: se tudo começa aí, o que acontece quando isso falta?
A criança pode até sobreviver. Crescer. Se adaptar.
Mas ela não sente que existe de verdade.
Ela não sente que viver é seguro. Ou interessante. Ou digno.
E quando a vida não parece valer a pena, a destruição vira uma forma de anestesia.
Ou de protesto.
Ou de pedido de ajuda.
Muitos que vemos “se perdendo”, na real, nunca tiveram a chance de se encontrar.
Por isso, antes de julgar, condenar ou rotular, é importante lembrar:
ninguém escolhe desistir da vida por capricho.
Muita gente que passou por esse mundo apenas existiu — mas nunca viveu de verdade.
Caminhou, respirou, sobreviveu… mas sem nunca ter experimentado o que é se sentir vivo por dentro.
Porque viver de verdade não é só estar com o coração batendo —
é sentir que se é visto, que se é importante pra alguém, que há um lugar no mundo onde se pode simplesmente ser.
Mas você, que está lendo esse texto, tem um poder que talvez nunca tenha se dado conta:
a capacidade de infundir vida em alguém.
Sim — com um gesto simples, com uma escuta atenta, com um olhar que diz:
“Eu te vejo. Você importa.”
Porque foi isso que aconteceu com você também, em algum momento.
Alguém te viu. Alguém te segurou no colo, te acolheu com presença, te infundiu sentido —
talvez com palavras, talvez só com o olhar…
e aquilo foi suficiente pra acender uma fagulha.
A vida começou ali.
E agora, você carrega essa centelha dentro de si.
E pode passá-la adiante — num abraço, numa conversa, numa atitude que diz, sem palavras:
“Vale a pena viver. E eu tô aqui com você.”
Talvez seja isso, no fim das contas, o que faz a vida valer a pena:
poder ser, para alguém, o começo de um recomeço.
Ser ponte. Ser colo. Ser sopro de vida onde antes só havia escuridão.
E perceber, nesse instante, que isso também dá sentido à nossa própria existência.
— Alessander Raker Stehling
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