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Foto do escritorAlessander Raker Stehling

Por que brigamos? Entenda a natureza humana através da psicanálise de Freud

Atualizado: 8 de ago. de 2023

Ontem à noite, no estacionamento do shopping, eu e alguns amigos presenciamos uma cena desconfortável. Um casal estava discutindo alto e se ofendendo. “Você é inteligente e másculo” (troque pelos respectivos antônimos) dizia ela. Já ele a chamava de trabalhadora (o inverso disso) e de um peixe típico da amazônia.


Ao entrarmos no carro um amigo disse: “Vocês viram aquilo, que que é isso hein?!” eu disse: “É cara, o ser humano é complicado.” A verdade é que não é incomum nos deparamos com casais, amigos, ou desconhecidos brigando e trocando farpas na rua.


Aquela cena no estacionamento me fez lembrar dos Deuses Ares e Atena, da mitologia grega. Ares era o Deus da guerra sanguinária, cruel, ele adorava a guerra brutal, animal, com extrema violência. Já Atena era a Deusa da sabedoria, da guerra estratégica, das artes, da inteligência. Mas, qual a relação desses Deuses com a cena no estacionamento do shopping? Talvez esteja se perguntando. O que ocorre é o seguinte.


Como bem disse Freud em 1930, por mais que gostemos de negar, o ser humano não é tão pacífico e nem tão amoroso como imaginamos, mas tem dentro de si fortes impulsos agressivos. Pense bem, quem nunca perdeu o controle, gritou ou brigou como um animal e depois se arrependeu (ou não).


Perceba que todo mundo briga, uma hora ou outra vamos discutir, magoar, ofender, mandar tomar no… Tratando-se de relacionamentos humanos, a certeza que temos é que a “guerra” é inevitável. Entretanto, apesar de a guerra ser irremediável, podemos agir como Ares ou Atena, ou seja, batalharmos como animais, ou inteligentemente.


Ali naquele estacionamento ambos agiram como Ares, eles pareciam gladiadores no coliseu, desejando eviscerar-se mutuamente. Contudo, poderiam “brigar” como Atena, discutindo com sabedoria e diplomacia.


O problema dessas brigas agressivas é que elas geram marcas profundas que em muitos casos são difíceis ou impossíveis de se apagar, no entanto, temos a capacidade de regular as nossas emoções e impedir que cheguemos a esses extremos. Tudo bem, não somos perfeitos, e como disse Freud, às vezes vamos entrar em choque.


No mais, espero que aquele casal tenha se entendido e feito as pazes.


— Alessander Raker Stehling

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