Quando falamos de “inconsciente”, logo lembramos de Freud, contudo, ele não foi o descobridor do mesmo. Ele mesmo disse: “os poetas e os filósofos descobriram o inconsciente antes de mim. O que eu descobri foi o método científico que nos permite estudar o inconsciente.” No entanto, como o próprio disse, ele foi o primeiro a criar uma psicologia em torno dos fenômenos inconscientes, ele dedicou sua vida investigando o inconsciente.
Freud lidou, basicamente, com aquilo que pensamos ser, e o que de fato somos. Ele investigou nossas reais intenções, que se escondem em nosso inconsciente e fogem à palavra. Exemplificando: um pai que bate em seu filho constantemente poderá alegar que faz isso para o bem dele. “Faço isso porque te amo” é o que ele diz, porém, ele talvez esteja agindo assim para saciar um desejo sádico, ou seja, ele sente prazer em espancar a criança e usa como desculpa a frase de que faz isso por amor.
Essa é uma descoberta incrível, pois antes de Freud acreditava-se que eramos aquilo que pensávamos ser, contudo, Freud — e a neurociência moderna — mostrou que somos, principalmente, se atente a essa palavra, PRINCIPALMENTE, aquilo que desconhecemos sobre nós. Isso é muito interessante, pois significa que possuímos coisas desconhecidas, tanto positivas, quanto negativas, dentro de cada um de nós.
Se agimos mais inconscientemente, temos de levá-lo em consideração. Os conteúdos conscientes e inconscientes podem, inclusive, serem opostos e conflitantes, por exemplo: a pessoa que diz ser feliz, pode inconscientemente sentir depressão. Aquele que diz nos amar, pode falar isso apenas por motivos de carência e não de amor. A pessoa que diz ser linda e gostosa, pode se sentir um lixo e ter baixa autoestima inconscientemente. Os exemplos são muitos.
Como percebemos, é o inconsciente quem dita as regras, agimos mais irracionalmente do que imaginamos e nem somos tão bonzinhos quanto pensamos.
Toda essa discussão apenas comprova a importância do autoconhecimento, e não se esqueça, quando falamos de autoconhecimento, estamos falando, principalmente, do conhecimento dos nossos conteúdos ocultos no inconsciente, pois são esses que de fato revelam a nossa verdade.
— Alessander Raker Stehling
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