Há mais de 2000 anos Sócrates nos alertava “Tome cuidado com o vazio de uma vida ocupada demais“, e pelo visto, a grande maioria não ouviu seus conselhos.
Estamos — praticamente todos — ocupados demais: trabalhamos demais, nos divertimos excessivamente, entregamo-nos aos prazeres descomedidamente, tudo isso para não encararmos nossas próprias angústias, medos e “monstros” internos.
Se eu pudesse resumir a vida humana, falaria, sem titubear, uma única palavra: fuga. Somos como aquela criança que pede para dormir com a luz acesa e a porta do quarto aberta por medo do “monstro debaixo da cama”. Nos escondemos do nosso passado, traumas e medos, como uma criança se esconde debaixo do lençol, por medo de encarar a realidade. Vivemos em mundos paralelos, em Nárnia, Disney, ou em qualquer outra fantasia que nos impeça de olhar a nossa própria realidade obscura e assustadora.
Nietzsche nos alertava com a seguinte expressão: “Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.” Contudo, eu iria além e te aconselharia a não apenas olhar para o seu abismo, mas a se jogar nele.
Mergulhe em meio a penumbra e escuridão e aprofunde em si, busque em seu íntimo a sua luz, saque as suas armas — sua unicidade e singularidade — e encare de frente todos os seus demônios, aqueles que repousam profundamente em seu abismo pessoal. Esse é o seu desafio e a luta mais importante da sua vida e, tenho certeza de que em algum momento você emergirá do abismo renovado e transformado em uma nova pessoa.
“Arriscar-se no sentido mais amplo é precisamente tomar consciência de si próprio.” – Soren Kierkegaard.
— Alessander Raker Stehling
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