Ao nascer, o bebê cria um forte apego pela mãe, isso é instintivo, mas podemos teorizar que: o fato da mãe proteger, dar carinho e alimentar o bebê, tem grande importância para que este apego inicial ocorra.
Alguns dirão que o amor começa aí. Discordo que isso seja amor; apego talvez seja a palavra certa. Porém, concordo que, para a maioria das pessoas, é esse o modelo de “amor” que levarão para toda a vida. Uma espécie de egoísmo disfarçado de amor.
Veja bem: o bebê precisa da mãe para protegê-lo, dar carinho e alimentá-lo, ele toma posse dela por necessidade. Na vida adulta, muitos homens tomam posse das mulheres que lhes dão comida e prazer sexual. Já muitas mulheres, tomam posse dos homens que lhes protegem e alimentam. Veja que nada mudou em relação à infância: isso é o que podemos chamar de “amor utilitário”, ou seja, amo o outro pelo que ele faz por mim, e não pelo que ele é.
Esse é o famoso amor imaturo, ou infantil, para o psicanalista Erich Fromm. Esse “amor” é baseado numa fixação pela mãe, que é projetada em todos os outros relacionamentos românticos. O adulto que ama imaturamente é um ser dependente, que não sabe viver sem o outro. Como a mente desse indivíduo é igual à de uma criança de no máximo 5 anos, ele(a) obviamente será muito ciumento(a) e usará de manipulação, controle, ou da própria força para manter a sua “propriedade” por perto.
As pessoas imaturas veem os outros como objetos, isto é, algo exterior, com alguma serventia, mas que é inferior à própria pessoa. Se apegam ao que o outro pode lhes oferecer, perdendo o “amor”, assim que este nada mais tem a ofertar.
E como é o amor maduro? Talvez se pergunte.
Como observamos, o amor imaturo não é amor, alguns talvez o chamem de egoísmo, ou de apego. Já o amor maduro, seria uma atividade interior de pessoas responsáveis, digo, que não vivem projetando nos outros seus medos, inseguranças e necessidades. Estas, estão interessadas no “SER” e não no “TER”.
“Porque eu te amo, tu não precisas de mim. Porque tu me amas, eu não preciso de ti. No amor, jamais nos deixamos completar. Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessários.” Roberto Freire
— Alessander Raker Stehling
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