Você está casado há quantos anos? Namora há quanto tempo? Mas conhece, de fato, sua parceira(o)?
É comum as pessoas se orgulharem da duração de seus relacionamentos:
— Estamos juntos há 20 anos!
— Vamos fazer bodas de prata!
Mas volto à pergunta: você realmente conhece quem está ao seu lado?
A resposta geralmente vem rápida e segura:
— Claro que conheço! Como não conhecer depois de tanto tempo?
Mas conhecer não é apenas estar próximo. Não é saber a cor favorita, a comida preferida ou as manias do outro. Conhecer é compreender o que se passa dentro da pessoa, o que a move, o que a assusta, o que a faz sentir-se viva.
E a verdade é que, muitas vezes, achamos que conhecemos, mas apenas projetamos sobre o outro nossas próprias ideias, desejos e crenças. Formamos um juízo baseado no que acreditamos, e não no que a pessoa realmente é.
Quando ela se irrita com algo, dizemos: “Está exagerando.” Quando ele se cala diante de um problema, pensamos: “Está sendo frio.” Raramente nos permitimos olhar além das nossas interpretações. Quase nunca perguntamos: “O que isso significa para você?” ou “Como você está se sentindo?”
E se, em vez de julgar, tentássemos compreender? Se, em vez de chamar de “drama” a dor do outro, buscássemos enxergar o mundo pelos olhos dele? Talvez descobríssemos um universo que nunca percebemos, mesmo vivendo ao lado dessa pessoa há anos.
Conhecer alguém de verdade exige silenciar nossos preconceitos, ouvir sem pressa, sem respostas prontas, sem a necessidade de estar certo. Exige paciência, presença e um desejo genuíno de se conectar.
Ao agir assim, fortalecemos os laços e criamos um ambiente de confiança e acolhimento. Quando nos dispomos a enxergar o outro sem filtros, oferecemos um espaço seguro para que ele se expresse autenticamente, sem medo de julgamentos. Isso aprofunda os relacionamentos, diminui conflitos desnecessários e permite que ambos cresçam juntos, com mais empatia e compreensão.
No fim, conhecer alguém de verdade não é apenas um presente para o outro, mas também para nós mesmos. Ganhamos relações mais significativas, conexões mais profundas e a certeza de que estamos ao lado de alguém não por hábito ou conveniência, mas porque escolhemos, todos os dias, amar essa pessoa de forma genuína, com tudo o que ela é — e não com o que imaginamos dela.
“Tenho me esforçado para não rir das ações humanas, não deplorá-las nem odiá-las, mas para compreendê-las.” — Baruch Spinoza
— Alessander Raker Stehling
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