Creio que já ouviu, ou leu a frase acima algumas vezes. Ela é inclusive o mantra da atual sociedade imediatista pautada na autoajuda. Também é bastante usada — até com boas intenções — por pessoas próximas que querem nos motivar a mudar de atitude. A ideia por trás do “aperte o foda-se” é clara: As opiniões dos outros sobre você não importam.
A coisa a princípio parece simples, mas não é bem assim. A visão externa é a que nos constrói — a princípio. Antes de nascermos somos bombardeados por expectativas projetadas dos pais sobre nós. Ao nascermos recebemos um nome, somos criados e educados como os pais acreditam ser melhor para nós, os alimentos e roupas são escolhidos por eles, a nossa conduta ideal... Somados a isso temos os “pitacos” da sociedade, mídia, e da religião. Além de tudo isso, recebemos coisas que não gostaríamos — nem sonhando — de ganhar, como traumas, medos, preconceitos, críticas, etc.
O que quero dizer com isso acima? Que temos a tendência de ouvir a opinião dos outros porque em nossa construção inicial ela foi imperativa, e digo mais, é impossível fugir totalmente disso, ou seja, se bancar 100% sem se importar com a opinião alheia, entretanto, ela não deveria ter tanta importância assim.
Entendemos que não podemos prescindir totalmente da visão externa sobre nós, mas como reduzir essa importância? E eu lhe respondo: “Nos preocupamos muito com a opinião dos outros quando não olhamos para nós mesmos.”
Todos deveríamos nos questionar mais: Sou isso mesmo que falam sobre mim? Se não, o que eu realmente sou? O que eu gosto? O que desejo para mim?... Quanto mais me conheço e faço aquilo que gosto, menos me preocupo com opinião dos outros, resumindo, quanto mais autoconhecimento e autovalidação, menos me importo com o que pensam sobre mim.
Abrir mão totalmente da opinião alheia é impossível, contudo, ao lançarmos um olhar de dentro para fora, conseguimos reduzir — e muito — a necessidade da visão externa sobre nós.
“Não podemos permitir que as percepções limitadas das outras pessoas nos definam” – Virgínia Satir.
— Alessander Raker Stehling
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