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Psicanálise Descomplicada: O Que São Id, Ego e Superego? Entenda a Teoria de Freud

Foto do escritor: Alessander Raker StehlingAlessander Raker Stehling

Estava folheando meu antigo caderno do curso de psicanálise quando me deparei com um trecho de uma aula que trouxe muitas recordações. Entre as anotações, lá estava: “Onde era Id, há de ser Eu.” Meu professor, anos atrás, havia explicado pacientemente: “Isso significa que um dos objetivos principais da psicanálise é fortalecer o Ego, tornando-o mais consciente e capaz de lidar melhor com os impulsos do Id. Em outras palavras, trata-se de reduzir a influência do inconsciente e aumentar o domínio da razão sobre nosso comportamento.”


Achei bem confuso, confesso. Minha cabeça dava um nó quando ele falava em Id, Ego e Superego, parecia abstrato demais. Hoje, no entanto, essa frase não só faz sentido como se conecta a tudo o que aprendi — e vivi. Deixe-me explicar esses conceitos de forma simples, usando como exemplo o doce que mais gosto: o pudim de leite condensado.


Imagine que você esteja caminhando pela rua e, de repente, passa em frente a uma padaria. Na vitrine, está um pudim perfeito: aerado, fofinho, com aquela calda dourada de açúcar derretido escorrendo pelas laterais. Só de olhar, sua boca enche d’água, não é? Nesse momento, o Id entra em cena — aquela parte primitiva e impulsiva da mente que só quer satisfazer o desejo imediatamente. Ele grita: “Compra agora! Come tudo! Dane-se as calorias!”


Mas aí aparece o Ego, o mediador, tentando colocar um pouco de ordem na situação. Ele pondera: “Calma, estamos de dieta. Talvez seja melhor esperar até o fim de semana ou, pelo menos, comer apenas um pedacinho. Dá para aproveitar sem exagerar.” O Ego, seguindo o princípio da realidade, busca uma solução que atenda ao desejo do Id, mas de forma mais adaptada à vida real.



E então, quase como um juiz interno, surge o Superego. Ele é a voz da consciência moral, formada pelos valores que aprendemos ao longo da vida. Dependendo de como foi seu aprendizado, ele pode dizer: “Tá maluco? Você não deveria nem pensar em comer isso! Vai virar uma bola, que absurdo! Tem vergonha na cara não?! Vai se arrepender depois.”


Essa cena simples da padaria ilustra bem os conflitos internos que carregamos diariamente. O Id quer prazer imediato; o Superego quer seguir regras rígidas; e o Ego, coitado, tenta encontrar um meio-termo que nos permita viver com prazer, mas sem culpa excessiva. Agora, pense em como esses conflitos podem se multiplicar em situações mais complexas da vida: decisões de carreira, relacionamentos, desejos… Não é de admirar que, às vezes, sintamos que estamos brigando com nós mesmos. É como se tivéssemos um diabinho de um lado e um anjinho do outro — tipo aqueles desenhos antigos, lembra?


Freud entendeu que grande parte do nosso sofrimento vem justamente desses embates internos. E é aqui que entra a psicanálise. Quando ele disse “Onde era Id, há de ser Eu,” estava falando sobre fortalecer o Ego para liderar esse diálogo interno com mais equilíbrio. Não significa eliminar o Id ou calar o Superego, mas ouvi-los e tomar a melhor decisão baseada no contexto do momento presente. O Id nos dá energia e paixão; o Superego nos dá ética e limites; e o Ego avalia a realidade interna e externa, ajudando-nos a navegar pela vida de forma mais equilibrada.


Agora, você deve estar sonhando com aquele pudim que descrevi lá no início. Hummm… que delícia, não é mesmo? Talvez você decida se privar, comer só um pedacinho, ou quem sabe resolva enfiar o pé na jaca e devorar tudo. Isso depende do contexto em que você está vivendo agora. O importante é estar o mais consciente possível, pois só assim poderá analisar a situação e fazer a melhor escolha. O que a psicanálise busca promover não é perfeição, mas uma vida mais consciente, leve e autêntica.


Porque, no fundo, toda essa conversa aqui não é sobre pudim — é sobre aprender a ser dono das suas escolhas e, principalmente, de si mesmo.


— Alessander Raker Stehling

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“Onde era Id,  há de ser Eu.” Frase Freud
“Onde era Id, há de ser Eu.” Frase Freud

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