“Lêeeee, consegui vencer uma barreira enorme”, disse Carla (nome alterado), minha paciente. “Como assim, o que ocorreu?” perguntei surpreso. “Tô muito feliz, eu nunca entro na água sem um short, tenho muita vergonha, mas hoje consegui tirar o short e entrar só de maiô. 🥳🥳🥳🥳”
Essa história de Carla revela uma verdade praticamente universal: a maioria de nós vive prisioneiro da opinião alheia, como se a visão e os julgamentos dos outros fossem soberanos. No caso dela, um simples maiô se transformou em um símbolo de liberdade, porque, ao usá-lo sem o short por cima, ela estava tacando o f$&a-se para a opinião alheia.
Agora, pense comigo: quantas vezes deixamos de fazer algo que nos traria alegria ou crescimento porque imaginamos o que os outros vão pensar? As opiniões externas são como aquelas cordas usadas em marionetes, controlando cada movimento nosso.
Desde crianças, somos moldados para buscar aprovação, seja dos pais, amigos ou da sociedade em geral. Essa necessidade de aceitação pode nos levar a sacrificar nossa autenticidade, criando inúmeras angústias que carregamos ao longo da vida.
A lição que aprendemos com a atitude de Carla é poderosa: viver conforme as expectativas dos outros é como construir uma casa na areia – instável e insustentável. Mas quando nos permitimos ser autênticos, seguindo a nossa própria vontade, edificamos uma força interior que nenhum julgamento pode abalar. Afinal, a vida é curta demais para ser vivida nas “cordas” invisíveis dos outros. Se você não as cortar, passará a vida toda dançando conforme a música dos outros, e isso seria um enorme desperdício.
— Alessander Raker Stehling
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