Qual é o objetivo da vida humana? Essa pergunta é respondida de diversas formas a partir de diferentes perspectivas. A religião dirá uma coisa, a filosofia outra, e a ciência outra — cada uma dando suas justificativas.
Freud afirmará que essa busca por um objetivo, uma finalidade para a vida humana, se assenta na soberba da nossa espécie. Veja bem, ninguém fala da finalidade da vida de um boi, um gato, ou um cão, a menos que um desses animais tenha servido ao homem e ele tenha desenvolvido amor por ele.
É como se estivéssemos presos em uma procura incessante por algo que talvez não exista. Uma busca que nos consome, nos atormenta, nos leva a questionar um monte de crenças, sem, no fim, chegarmos a uma conclusão satisfatória — são apenas confabulações.
Pensamos encontrar respostas nas conquistas materiais, no sucesso profissional, no amor, na família. No entanto, mesmo quando alcançamos esses supostos objetivos, a sensação de vazio persiste, como se estivéssemos apenas preenchendo um buraco negro dentro de nós com ilusões passageiras.
Qual é o objetivo de vida de uma criança que nasceu numa região de guerra e morreu tão prematuramente? E de um bebê que foi abusado nos primeiros meses de vida e veio a falecer? Somos confrontados com notícias desanimadoras como essas, que nos levam a questionar se não somos meros espectadores em um jogo sem sentido, condenados a vagar sem rumo em um cosmos vasto e indiferente.
E assim vamos seguindo, cada um se agarrando à fantasia que preferir. Que diferença faz se buscamos respostas nas religiões, na ciência ou na filosofia? No fim das contas, todas as nossas crenças e teorias não passam de frágeis tentativas de dar sentido a um mundo que, talvez, seja intrinsecamente destituído de significado.
Creio que nunca teremos uma resposta definitiva para essa questão, afinal: qual é o objetivo da vida humana?
— Alessander Raker Stehling
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