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Foto do escritorAlessander Raker Stehling

Freud e a Busca pela Felicidade no Trabalho: Um Olhar Psicanalítico

“O trabalho dignifica o homem”, ouço essa frase regularmente do meu pai. Realmente, não posso discordar de que, quando uma pessoa é apaixonada pelo que faz, isso, além de inspirar outras pessoas, faz com que ela se sinta muito bem consigo mesma e em paz com a sociedade humana.


Mas quando o trabalho é apenas uma necessidade, uma obrigação para garantir o sustento, a história muda. É como se estivéssemos presos em uma rotina que nos suga a energia vital, sem espaço para a expressão dos nossos verdadeiros desejos e impulsos. Freud estava certo ao apontar que a aversão humana ao trabalho surge quando ele é apenas uma imposição externa, desvinculado da nossa vontade e das nossas paixões.


No entanto, há uma possibilidade de transformação nesse cenário. Se pudermos escolher livremente o nosso trabalho, se ele puder ser uma expressão genuína do nosso ser, então surge uma oportunidade única. Nesse contexto, o trabalho deixa de ser apenas uma obrigação e se torna um campo fértil para a realização pessoal e a sublimação dos nossos instintos mais profundos.


Quando o trabalho é escolhido livremente, ele pode se tornar um espaço onde podemos canalizar nossos impulsos narcísicos, buscando o reconhecimento e a valorização pelo que somos capazes de realizar. Da mesma forma, ele pode servir como uma válvula de escape para nossos impulsos agressivos, encontrando canais produtivos para canalizar essa energia.


E até mesmo os impulsos eróticos podem encontrar sua expressão no ambiente de trabalho, seja na busca por conexões humanas genuínas, na colaboração criativa com colegas ou mesmo na satisfação que advém do senso de realização pessoal.


O grande problema é que muitas vezes trabalhamos em algo que não gostamos por uma necessidade de sobrevivência — é óbvio que isso só leva à frustração e aversão ao trabalho. Diante desse fato, a grande questão não está em abolir o trabalho em si, mas em transformá-lo em uma atividade que esteja alinhada com nossos desejos mais profundos.


Diante do que analisamos acima, podemos concluir que o trabalho pode, sim, ser uma via para a felicidade humana. Quando ele é escolhido livremente, feito com amor e paixão, e é uma expressão autêntica do nosso ser, ele deixa de ser uma fonte de sofrimento e se transforma em um caminho para a realização pessoal e harmonia social.


— Alessander Raker Stehling

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“A imensa maioria dos homens trabalha apenas forçada pela necessidade, e graves problemas sociais derivam dessa natural aversão humana ao trabalho.”  Frases Freud
“A imensa maioria dos homens trabalha apenas forçada pela necessidade, e graves problemas sociais derivam dessa natural aversão humana ao trabalho.” Frases Freud

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