“Tive vergonha de mim mesmo, quando percebi que a vida é um baile de máscaras, e participei com meu rosto verdadeiro.” Essa frase de Franz Kafka encaixa-se perfeitamente em nossos dias. Quantas vezes você já sentiu vergonha de algo único em si? Talvez o jeito sincero e espontâneo com que você ri, que soa alto e faz todos olharem, ou aquela característica física que foge do padrão – quem sabe o seu nariz marcante ou seus cabelos rebeldes. Quantas vezes você escondeu uma paixão pessoal por algo considerado “estranho”, como um gosto peculiar por uma música antiga ou um passatempo inusitado, com medo das reações dos outros?
Nossa busca por aceitação, nossa sede de amor e pertencimento, são tão intensas que podem nos arrastar para comportamentos extremos. É como se precisássemos nos moldar, em um esforço de aparar nossas arestas, sufocar o riso, calar a voz, negar a nós mesmos para sermos “adequados” aos olhos dos outros. Algumas pessoas, na ânsia por essa aprovação, até mudam seu corpo, transformando-se, por exemplo, com procedimentos estéticos populares — um preenchimento labial aqui, um contorno artificial ali — na tentativa de parecer “perfeitas” aos olhos alheios. E, paradoxalmente, ao querer se encaixar, acabam perdendo a beleza da sua própria forma de existir, única, insubstituível.
Mas a verdade é que não existe nada mais valioso do que a sua singularidade. Schopenhauer dizia que a verdadeira nobreza está na firme convicção de nosso próprio valor e de nossas qualidades únicas. Esse orgulho interior, genuíno, é o que realmente nos fortalece, porque nasce da nossa essência, daquilo que nos faz ser quem somos. Não precisamos buscar aprovação para aquilo que é autêntico em nós; basta reconhecer, com coragem, que essas características são o que nos tornam especiais.
Então, pergunto a você: o que, de verdade, faz parte de quem você é e merece ser valorizado, mesmo que o mundo julgue ou torça o nariz? Esse algo — uma risada incontrolável, um traço físico, uma paixão particular — é o que faz de você um indivíduo único, alguém que vale a pena ser conhecido. O orgulho de si mesmo, quando verdadeiro, não exige máscaras, pois brota da convicção de que ser fiel a si próprio é a expressão mais pura de liberdade. E é esse orgulho que liberta, porque o isenta da necessidade de aprovação externa.
Sendo assim, reconheça suas qualidades, habilidades e traços singulares. Você é único(a) e, em toda a vastidão do universo, nunca existiu alguém como você. E creio que também nunca teremos outra pessoa 100% igual a ti. Portanto, para ser sincero — você deveria, sim, ter orgulho de si.
— Alessander Raker Stehling
📚 Transforme sua vida com 3 E-books Essenciais para o seu Autoconhecimento.
Acesse agora ➜ https://www.psicanalisefacil.com.br/ebook-autoconhecimento
☑ Aprenda Psicanálise de forma Simples e Fácil. Clique no link e conheça o nosso curso ➜ https://www.psicanalisefacil.com.br/curso-psicanalise-facil
Comments