Lembro-me com grande emoção do impacto que as palavras do professor Clóvis de Barros Filho tiveram sobre mim. Foi como se um novo mundo se abrisse diante dos meus olhos, um mundo onde a filosofia se apresentava não apenas como um conjunto de teorias abstratas, mas como uma verdadeira guia para a vida. Ao me aprofundar no pensamento de Espinosa, aprendi a valorizar a beleza dos encontros que nos potencializam, que nos enchem de vida e alegria. Este foi apenas o começo de uma jornada filosófica que me transformou profundamente.
Com Aristóteles, descobri a importância do equilíbrio, a famosa “virtude do meio”. Ele me ensinou que a felicidade está em viver de acordo com a razão, equilibrando nossos desejos e ações, buscando a medida certa em tudo. Esta busca pelo equilíbrio trouxe serenidade para minha vida, permitindo-me lidar com os altos e baixos com uma postura mais centrada e consciente.
Espinosa, por sua vez, mostrou-me que a vida pode ser contemplada com um olhar de admiração e alegria. Ele falava sobre os afetos e a necessidade de aumentar nossa potência de agir. Aprendi que a verdadeira liberdade está em compreender nossas emoções e cultivar encontros que nos engrandeçam, que nos façam florescer.
Com Descartes, mergulhei no poder do questionamento. “Penso, logo existo” tornou-se um mantra que me ensinou a importância de duvidar, de investigar a verdade com rigor e dedicação. Esta abordagem racional me trouxe clareza, ajudando-me a não aceitar as coisas de forma passiva, mas a buscar fundamentos sólidos para minhas crenças e decisões.
Kant trouxe uma nova dimensão ao meu entendimento sobre ética e moral. Ele me ensinou que devemos agir de acordo com princípios universais, que a moralidade não é relativa, mas baseada em imperativos categóricos que respeitam a dignidade humana. Isso moldou minha visão sobre a responsabilidade que temos uns com os outros, guiando minhas ações com um senso profundo de dever e respeito.
Schopenhauer, com sua visão mais honesta da existência, ensinou-me a importância de abraçar a vida interior e a ser realista quanto às dificuldades da vida. Ele falou sobre a vontade como uma força cega e incessante que nos move, e com isso, aprendi a aceitar os sofrimentos e frustrações como parte integrante da condição humana. Essa aceitação trouxe-me um senso de paz e uma capacidade maior de enfrentar os desafios com resiliência.
Nietzsche, com seu espírito indomável, inspirou-me a expandir meus horizontes e não temer a vida. Ele falou sobre a “vontade de poder” e a importância de sermos autênticos, de superarmos nossas limitações e criarmos nossos próprios valores. Este ensinamento me encorajou a viver com mais coragem, a ser fiel a mim mesmo e a não me conformar com o que é imposto.
Freud introduziu-me ao vasto e misterioso mundo do inconsciente. Aprendi a reconhecer que muitas de minhas ações e pensamentos são influenciados por desejos e medos que não estão à superfície. Esta compreensão me ajudou a ser mais compassivo comigo mesmo e com os outros, sabendo que há profundezas em cada um de nós que nem sempre são aparentes.
Jung, complementando Freud, trouxe-me a ideia do inconsciente coletivo e dos arquétipos. Com ele, aprendi a valorizar os elementos herdados dos meus ancestrais, a entender que carrego dentro de mim histórias e símbolos universais. Isso enriqueceu minha percepção da vida e dos sonhos, permitindo-me uma conexão mais profunda com a humanidade e com a minha própria identidade.
Dedicar-me à filosofia tem sido um bálsamo para a minha alma. A cada novo pensamento, a cada nova reflexão, sinto-me mais conectado, mais consciente e mais preparado para enfrentar as complexidades da vida. A filosofia me ofereceu um mapa para navegar pelas emoções, decisões e desafios, trazendo uma clareza e uma serenidade que transformaram minha vida completamente — posso dizer que sou um antes e outro depois da minha dedicação à filosofia.
É por isso que trago quase todos os dias uma reflexão nova, tamanha é a profundidade e a influência que essas nobres almas tiveram em minha vida. Cada pensamento, cada teoria, cada ensinamento tornou-se um alicerce sobre o qual construí minha compreensão do mundo e, por que não, de mim mesmo. Sou eternamente grato a esses grandes pensadores que, com suas palavras e ideias, iluminaram meu caminho. Eles me ensinaram a ver o mundo com olhos mais atentos, a abraçar a complexidade da existência e a buscar sempre a verdade. Com um coração cheio de gratidão, sigo adiante, inspirado por suas vozes eternas, determinado a honrar seus legados e a compartilhar a sabedoria que eles tão generosamente nos deixaram. A filosofia, para mim, é mais do que um estudo; é uma paixão ardente que me guia e me transforma, dia após dia.
— Alessander Raker Stehling
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