Desafios do Amor Real: Como Lidar com as Diferenças no Relacionamento
- Alessander Raker Stehling
- 16 de mar.
- 2 min de leitura
Se tem uma coisa que muita gente deseja nos relacionamentos, é encontrar alguém que seja como um espelho seu. Já pensou? Alguém que goste das mesmas coisas, enxergue o mundo como você e, de preferência, reaja do mesmo jeito às situações da vida. O par perfeito, não é? Sem desentendimentos, sem surpresas desagradáveis, só um eterno alinhamento de pensamentos e sentimentos — que maravilha.
O problema é que essa fantasia, além de irreal, é um tanto infantil. Se o que buscamos é um reflexo perfeito, então talvez o melhor parceiro fosse o próprio espelho. Mas será que este reflexo tem calor, surpresa e vida? A verdade é que buscamos semelhanças porque elas dão conforto e evitam o desgaste emocional dos conflitos. Mas, ironicamente, o que mais nos faz crescer são justamente as diferenças.
Cada pessoa é um universo particular, moldado por experiências, dores, alegrias, traumas e conquistas que ninguém além dela mesma viveu. É por isso que até gêmeos idênticos, criados no mesmo ambiente, desenvolvem personalidades únicas. Não há como escapar: ninguém é uma cópia de ninguém. E, no fim das contas, isso é uma bênção — ainda que às vezes pareça maldição.
Se cada um pensa, sente e age de um jeito, o que nos resta é a aceitação. Mas aí vem o desafio: aceitar o outro não é só concordar com o que nos agrada, mas acolher também o que nos desagrada.
Será que consigo aceitar que a pessoa que amo pode sentir raiva de mim? E que pode discordar profundamente de algo que considero essencial? Posso acolher sua tristeza sem querer consertá-la? Suportar o que me irrita sem tentar moldá-la à minha imagem?
Aceitar o outro de verdade é permitir que ele seja quem é, sem tentar encaixá-lo nas nossas expectativas. E isso, por mais desafiador que seja, traz benefícios imensos. Primeiro, porque nos poupa da frustração de tentar mudar o inalterável. Segundo, porque aprendemos a ver além de nós mesmos, desenvolvendo empatia, paciência e maturidade emocional. E, por fim, porque a aceitação cria espaço para o amor genuíno — aquele que não é baseado na projeção de um ideal, mas no reconhecimento real do outro.
Aceitar o outro é um presente — e um desafio. Mas quando conseguimos, algo mágico acontece: paramos de buscar amores perfeitos e começamos a viver amores reais.
Porque, no fim, amar de verdade é sair de si — e permitir que o outro nos revele horizontes que jamais enxergaríamos sozinhos.
— Alessander Raker Stehling
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