“#Sextou galera, bora tomar uma no bar dos amigos hoje.” Essa foi a mensagem que Alan enviou bem cedinho para seus amigos. No dia anterior, a Bruna, sua ex-namorada, havia terminado com ele, e Alan queria distrair um pouco, ao invés de ficar “curtindo a fossa” em casa. Contudo, as coisas não sairiam conforme ele planejou…
Chegando no “Bar dos Amigos”, logo após a entrada principal, Alan não conseguiu acreditar no que viu. “A-a-aque-aquela é a Bruna?” ele gaguejou ao falar. Seus amigos ficaram boquiabertos ao vê-la aos beijos e amassos com outro rapaz um dia após o término.
[…] aquela cena bastou para que Alan caísse em uma forte depressão por dois longos anos.
Ao imaginar esta cena, talvez tenha se lembrado de um amigo(a), ou até de você mesmo(a). Notamos que cada um reagiu de uma forma, porém, não podemos negar que Alan saiu mais prejudicado nessa história. Ele perdeu totalmente o prazer pela vida.
O que ocorreu com ele é o que chamamos de “dependência emocional”, que basicamente é: a necessidade e obsessão em outra pessoa para ser feliz. Um dependente emocional tem o outro como sua maior fonte de prazer, autoestima, motivações, etc., o famoso “não sei viver sem ter você”. Mas, o que leva alguém a essa situação?
A dependência emocional geralmente começa na infância: a criança pode ter se sentido abandonada física/emocionalmente, ou tido experiências de desprezo tão profundas, que a visão de si ficou prejudicada, ou seja, essa criança não aprendeu a se amar, a se ver como alguém importante, merecedora de amor. E para compensar a falta de amor-próprio, ela busca um parceiro(a) capaz de amá-la — muitas vezes de qualquer jeito.
O problema do dependente emocional é que ele normalmente aceita “migalhas de afeto”, como dizia minha avó: “quem nunca comeu melado, quando come se lambuza.”, e também não cuida bem de si: não busca seu autodesenvolvimento e nem se valoriza, e isso só piora as coisas.
Para sair da dependência emocional é preciso se amar em primeiro lugar, assumir a responsabilidade por si mesmo, e encontrar internamente fontes de prazer e motivos para viver. Uma tarefa, para muitos, penosa, mas essencial.
— Alessander Raker Stehling
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