Após inúmeros fracassos e prejuízos sucessivos, a pessoa acaba se conformando, dizendo que esse é seu destino, que não tem sorte na vida, ou que a culpa é do Diabo. Ao passo que, examinando suas ações com cuidado, percebemos que a grande maioria dessas desgraças foram causadas inocentemente por ela mesma.
Ao destino, ou Diabo — objetos que o sujeito imputa toda responsabilidade por seus infortúnios — damos o nome de compulsão de repetição, ou trauma.
Ao invés de nos indagarmos como se dá uma cura pela análise, deveríamos nos perguntar quais são os obstáculos que se colocam no caminho de tal cura (FREUD, 1937/1980, p. 252). — Alessander Raker Stehling
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