O polêmico Freud lançou uma “bomba nuclear” de realidade que muitos preferem ignorar: “As massas nunca desejaram a verdade. Elas querem ilusões e não vivem sem elas.” Essa frase não é apenas uma observação, é um raio-X cruelmente honesto da natureza humana.
Desde os primórdios, apenas uma minoria da humanidade se dedicou à busca pela verdade. Filósofos e estudiosos como Sócrates, Platão, Kant e Nietzsche dedicaram suas vidas à busca da sabedoria. Eles mergulharam nas profundezas do pensamento, questionando, desafiando e descobrindo verdades que transcendiam as ilusões mundanas.
No entanto, a história da humanidade é uma triste narrativa de fuga e evasão. A maioria das pessoas não busca a verdade; elas fogem dela como se fosse a peste. Em vez de encarar a realidade de frente, encontram consolo em ilusões reconfortantes.
O que é uma ilusão? É qualquer coisa que nos distraia da verdade perturbadora da existência. Normalmente algo que traz algum prazer vazio, que não leva a um aprimoramento do nosso ser.
Alguns encontram refúgio nas redes sociais, onde podem pintar uma fachada brilhante de suas vidas miseráveis. Outros se afundam em entretenimento vazio, entorpecendo suas mentes com trivialidades sem sentido. Há quem se apegue a crenças dogmáticas, recusando-se a questionar sua visão de mundo, por mais falha que seja.
A fuga da verdade é uma epidemia moderna, disseminada pela cultura do consumo e pela tirania da superficialidade. Em um mundo obcecado por aparências e instantaneidade, a busca pela sabedoria é vista como besteira; isso é facilmente constatado ao tirarmos um print dos principais assuntos buscados pela maioria de nossa espécie. Afinal, por que se esforçar em estudar e expandir seus horizontes quando se pode ter felicidade instantânea em um clique?
Sejamos honestos, ao afundarmos cada vez mais nessa “areia movediça” de prazeres fugazes, o que ganhamos com isso? Uma vida vazia, que nega a maior capacidade humana, a de pensar, temos assim uma existência superficial, desprovida de significado, onde a satisfação é passageira e a ansiedade é constante. Estamos sempre correndo, sempre buscando, mas nunca encontrando o que realmente importa.
— Alessander Raker Stehling
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