Qual é a ferramenta mais valiosa de um terapeuta? A resposta é simples: ele mesmo. Quando digo “ele mesmo”, quero dizer o self completo — corpo, psique e as experiências de vida que o moldaram. É como diz Jung: “Conhecer a sua própria escuridão é o melhor método para lidar com a escuridão dos outros.” Para quem almeja ser psicólogo, psicanalista ou psiquiatra, cuidar da própria saúde mental é mais que um capricho; é uma necessidade vital.
Imagine um paciente chegando ao seu consultório. Ele carrega consigo uma “mala” pesada de incômodos que, muitas vezes, nem ele sabe ao certo o que contém. Algo está desajustado, seja no campo psicológico, emocional ou até comportamental. Nesse cenário, o terapeuta precisa ser mais do que um ouvinte ou alguém com uma prateleira cheia de livros teóricos. Ele precisa ser capaz de criar uma conexão íntima, um espaço seguro onde o paciente possa abrir essa mala e encarar seus monstros internos sem medo.
E convenhamos, não dá para lidar com os “monstros” dos outros se você nunca encarou os seus próprios. Essas competências, acredite, não se aprendem em imersões de fim de semana ou em cursos online. É na psicoterapia pessoal, no lugar de paciente, que o terapeuta aprende a enfrentar suas próprias sombras e a desenvolver a empatia necessária para guiar seus pacientes nessa jornada.
Então, sejamos sinceros: ser um terapeuta competente não é só sobre ajudar os outros, mas também sobre ajudar a si mesmo. É preciso mergulhar nas próprias profundezas, enfrentar seus medos, se conectar com suas emoções mais íntimas. Só assim, depois de atravessar esse árido e laborioso caminho, é que o terapeuta estará preparado para guiar outros na mesma jornada. E isso, meus amigos, é o pilar mais importante para quem deseja ser um bom psicoterapeuta.
— Alessander Raker Stehling
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